sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Projeto: Casa Adaptada

         O projeto de uma residência para uma pessoa com deficiência física exige muito mais do arquiteto, pois algumas medidas são bastante diferentes, os espaços precisam ser precisos e úteis, visando uma melhor adaptação para o deficiente.
        Entretanto, nem sempre é tão fácil de realizar esta adaptação. Estima-se que uma construção adaptada custa cerca de 1% a mais do que um projeto convencional. Já uma reforma posterior com o mesmo objetivo custaria cerca de 25% sobre o valor inicial da obra.
        Desta forma, nossa professora nos passou um trabalho para projetar um casa com todas as adaptações necessárias para o bem-estar e uma perfeita locomoção do deficiente físico. Seria uma casa com apenas um andar, mas fomos requisitados para construir um andar acima, com as mesma proporções e medidas da principal, mas com entrada separada. A casa alugada também seria para um deficiente físico.
         Vamos disponibilizar agora algumas das pranchas com um projeto desenvolvido por uma dupla de alunas.  Abaixo, temos a planta de implantação da casa, onde podemos observar claramente as divisões das entradas para as duas casas, bem como a projeção da rampa de acesso ao primeiro pavimento.           
            
Planta de Implantação da Casa Adaptada
  
         Em seguida, vamos observar a planta baixa da casa, onde percebemos o espaço de circulação bem maior do que o normal, por conta do espaço da cadeira que o deficiente ocupa. Nota-se também que todas as portas são de correia, facilitando o acesso do deficiente aos ambientes da casa, não havendo nenhum tipo de barreira, irregularidades ou obstáculos no piso. Elas também são bem maiores, pois tem que dar passagem suficiente para a cadeira do deficiente. Temos também a diferença da disposição dos elementos sanitários, onde existem as barras de apoio e o local de transferência para o chuveiro.

Planta Baixa da Casa Adaptada

            
        Nos cortes abaixo, podemos perceber as diferenças de altura de móveis e objetos, bem como os espaços vazios abaixo dos mesmos, local aonde o deficiente estaciona a sua cadeira para ter acesso a estes.

Corte AA' da Casa Adaptada

Corte CC' da Casa Adaptada
                  
        Por fim, temos uma vista da rampa que dá acesso a casa alugada, no primeiro pavimento. Sabe-se que a inclinação é muito importante, pois não pode ser tão inclinada, senão o deficiente não teria acesso a casa. Assim, a inclinação máxima prevista pela ABNT é de 8%, que foi a utilizada nesta rampa.

Vista da Rampa de acesso da Casa Adaptada

terça-feira, 5 de outubro de 2010

A acessibilidade para as pessoas com deficiência física

Logomarca da Acessiblidade para os deficientes
         Todos os dias, as pessoas se locomovem e praticam as suas atividades, físicas  e de trabalho, com escadas, elevadores inadequados e portas estreitas, principalmente em construções antigas, além de apertadas vagas no estacionamento. Trata-se de um cenário considerado como normal em uma cidade, onde a urbanização descontrolada ocupa todos os espaços possíveis e de forma inadequada. No entanto, esse mesmo cenário exclui 1 em cada mais de 14 brasileiros com determinados tipos de deficiência física. Para alterar essa situação é preciso vontade política, providências precisam ser tomadas pelas diversas esferas do governo, e uma luta contínua no sentido de alterar essas situações nos variados ambientes.
         É uma situação bastante complicada, pois para fazer essas adaptações , existem custos, e ainda é necssário um certo tempo para serem aplicadas. Alterações como o rebaixamento de calçadas, de entradas de prédios e de pontos de ônibus não têm um custo elevado. Entretando, a construção de rampas, a instalação de elevadores, a abertura suficiente de portas para permitir a passagem de uma cadeira de rodas, a adaptação de banheiros significam despesas bem maiores. 
         Nos últimos anos, tem-se notado uma preocupação progressiva com as questões de acessibilidade de pessoas idosas e com deficiência física aos espaços, sejam estes de uso público ou não. Esta mudança de atitude deve-se, em parte a uma alteração substancial de mentalidade, já que, a partir da década de 80, com a conscientização levantada pelo Ano Internacional das Pessoas Deficientes, criado pela ONU, a pessoa com deficiência física passou a ser vista mais sob a ótica da sua eficiência e não tanto da deficiência. 
         Já existem normas técnicas de acessibilidade da NBR 9050/1994, feita pela ABNT, para garantir o direito de livre acesso ao meio físico e de livre locomoção, reconhecido pela Constituição Federal. O que falta é uma visão mais clara de obrigatoriedade, bem como uma ligação entre a Lei e os já existentes parâmetros estabelecidos.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Gentilezas ao pedestre


A luminária favorece a circulação dos pedestres, por tornar a calçada mais visível beneficiando a segurança
Bairro: Dionísio Torres

A marquise dá a possibilidade de um pouco de sombreamento ao pedestre, tornando-se um local de descanso.
Entrada de serviço da gráfica GLR
Ao invés da calçada ser ocupada com estacionamento, dificultando a passagem do pedestre, a clínica tornou esse espaço mais agradável
Clínica Marcos Teixeira

Lados opostos de um mesmo contexto

No município de Fortaleza há mais de 2,4 milhões de habitantes, dentre os quais 1,5 milhão faz uso do transporte coletivo. Sabe-se o quão defasado é o sistema de transporte para a grande massa, contudo não paramos para analisar os pontos de espera de ônibus. Passa-se um tempo significante á espera do transporte onde não encontramos uma situação cômoda para os passageiros.
A ergonomia vem para facilitar as nossas vidas, tornando o trabalho adaptado ao homem, dessa maneira, iremos analisar 3 tipos de paradas de ônibus encontradas:



Neste primeiro exemplo não há assento, nem toldo. A espera acontece sem nenhuma proteção contra a irradiação dos raios solares durante o dia, deixando os cidadãos numa situação de extremo desconforto sendo analisado, deste ponto de vista ,uma situação não adaptada ergonomicamente, sendo considerada uma "indelicadeza".


Neste segundo exemplo são demostradas paradas com toldo de proteção solar e assento, sem apoio para coluna cervical. A outra figura mostra também uma banco com as mesmas características mas, com acréscimo do apoio á coluna. Neste caso, já notamos um pouco mais de adaptação ergonômica, a espera será menos cansativa devido aos ajustes feito no banco, que agora oferece uma melhor situação ao passageiro.



Este 3 tipo é o que foi melhor adaptado ao homem, nota-se a presença do assento, do toldo e do apoio cervical, como vimos no exemplo anterior. A grande diferença é a curvatura anatômica que o assento recebeu, tornando-se bem adaptado engonomicamente, assim, sendo considerado como uma "gentileza".

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Pedras portuguesas - uma indelicadeza

Assim como nossa professora nos recomendou, fomos procurar delicadezas e indelicadezas, com o que diz respeito a arquitetura. Iremos comentar agora sobre uma indelicadeza sobre as pedras portuguesas. Não se pode dizer que as pedras portuguesas são, em geral, algo ruim para a arquitetura, pois, se colocadas de forma correta, elas embelezam a cidade. Entretanto, na maioria das vezes, não se faz uma manutenção adequada delas, o que gera muitos remendos mal feitos e calçadas com imperfeições e desníveis. E até mesmo quando  está boa, ela não é muito confortável.

Av. Pereira Filgueiras com Idelfonso Albano
  

Delicadeza

Estante para bolsas no banheiro

Nesta foto, percebemos uma estante colocada dentro de um banheiro, para dar maior conforto para as mulheres que irão utilizá-los. Ele não é um equipamento obrigatório, mas passa a ser uma delicadeza por facilitar o uso do banheiro pelas mulheres, pois elas obtêm mais espaço e conforto, tornando o local mais agradável.